quarta-feira, 13 de junho de 2012

Corintiano ou Flamenguista


Como nasce um torcedor fanático?

Como explicar o risco de perder a vida por conta da paixão?

Paixão corintiana, flamenguista ou por outro clube qualquer.

Seria explicar o inexplicável?

Uma coisa é certa: o fanático não raciocina.

Apenas sente.

Fanatismo é o resultado de uma adesão cega.

Seja a uma religião, um partido, um clube ou uma pessoa.

O torcedor fanático não nasce quando é adulto.

O fanatismo começa quando se é criança.

Na ausência do uso do raciocínio, toda sua energia é colocada nos sentimentos do coração.

Os pais iniciam esse processo de "conversão", levando a criança aos estádios cheios.

O farto colorido, somado à algazarra da torcida, estimula a adesão cega.

A partir de então, a criança é possuída pela paixão.

E a carrega pelo resto da vida.

Ela é capaz de trocar de religião, de marido/mulher, de profissão, de tudo, menos de clube.

Qual o lucro prático disso tudo?

Nada.

Como ex-botafoguense, posso garantir, mais foram as decepções e aborrecimentos do que as alegrias.

Isso acontece com todos os torcedores.

E mesmo nas alegrias, nada me acrescentava.

O jovem entra na faculdade, recebe informações, ideias e pensamentos.

Recebe uma formação acadêmica.

Se ele foi aplicado nos estudos e coloca em prática tal formação, seu futuro é garantido.

Pelo menos, teoricamente.

Já o mesmo não se aplica à fé inteligente.

Ela não nasce do acaso, nem por interferência alheia.

Antes, ela é uma revelação vinda do Trono do Altíssimo. Isaías 53.1

Como algo extremamente sublime, precioso e poderoso, a revelação da fé sobrenatural faz os sonhos tornarem-se realidade.

Traz à existência o inexistente.

E não tem limites.

Foi assim com Abraão.

Ouviu a Voz de Deus e obedeceu a Sua direção.

Resultado: tornou-se a própria bênção.

Não teve limites em toda a sua vida.

“Era Abraão já idoso, bem avançado em anos; e o SENHOR em tudo o havia abençoado.” Gênesis 24.1

Como explicar essa qualidade de fé?

Não se explica.

Apenas se vive por meio da obediência.

Abraão foi o princípio da fé inteligente.

Pensava consigo: se me aliar ao Criador, nada me será impossível.

Essa convicção o levou à obediência incondicional.

E as bênçãos também.

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